A
arara azul foi escolhida pela equipe avaliadora da Cooperativa Juriti como
mascote oficial das Coolimpíadas da Escola Pedro Aleixo 2016.
O
desenho foi criado pela aluna Manoela Alflen Skura da turma do 6º ano C, sendo
escolhido pelos colegas como o melhor entre os produzidos pelo grupo, que está
sendo orientada nas atividades pelos colaboradores Arline, Marcela e Rafael.
Esta
é uma ação inédita promovida pelo Programa Cooperjovem na escola, cujo objetivo
é despertar nos alunos a valorização da cooperação na nossa vida.
A
arara é uma ave que se destaca pela
beleza, tamanho e comportamento. É a maior espécie entre os psitacídeos
(papagaios, periquitos, araras, maritacas), chegando a medir um metro da ponta
do bico à ponta da cauda e pesando até 1,3 kg.
São animais com hábitos que chamam a atenção. Elas gostam de voar em
pares ou em grupo e nos fins de tarde, se reúnem em bandos em árvores
“dormitório”. Dentre suas fontes de alimentação, estão as castanhas retiradas
de cocos de duas espécies de palmeira: acuri e bocaiúva. No caso do acuri,
aproveitam aqueles caídos no chão, ruminados pelo gado ou por animais
silvestres. Já o coco da bocaiuva é colhido e comido diretamente no cacho.
Aos sete anos a arara-azul começa sua própria família. Os casais são
fiéis e dividem as tarefas de cuidar dos filhotes. A fêmea passa a maior parte
do tempo no ninho, cuidando da incubação dos ovos, enquanto o macho se
responsabiliza por alimentá-la. O período de incubação dura aproximadamente 28
dias.
Os filhotes nascem frágeis e são alimentados pelos pais até os seis
meses. Correm risco de vida até completarem 45 dias, pois não conseguem se
defender de baratas, formigas ou outras aves que invadem o ninho. Somente com
três meses de vida, quando o corpo está todo coberto por penas, se aventuram em
seus primeiros vôos. Em média, a fêmea tem dois filhotes, mas em geral, só um
sobrevive.
No Pantanal, 90% dos ninhos de araras-azuis são feitos no manduvi,
árvore com cerne macio. Também são utilizados a ximbuva (Enterolobium
contortisiliquum) e o angico branco (Albizia nipioides). As araras
aumentam pequenas cavidades no tronco das árvores para fazer seus ninhos, que
são forrados com lascas retiradas da própria árvore. Há disputa com outras
espécies por ser difícil encontrar cavidades naturais.
Ameaças
Essa bela ave que encanta a todos com sua cor vibrante e som alegre e
barulhento vem sofrendo com a destruição dos habitas e com a
captura ilegal para tráfico de animais silvestres. A espécie está na lista de
espécies ameaçadas de extinção devido à caça, ao comércio clandestino e à
degradação de seu habitat natural por conta do desmatamento.
Os casais são fiéis e dividem as tarefas de cuidar dos filhotes. Ela
passa a maior parte do tempo no ninho, cuidando da incubação dos ovos, enquanto
o macho se responsabiliza por alimentá-la.
A luta pela preservação
No Mato Grosso do Sul, as aves têm um aliado importante na luta pela sua
preservação: o Projeto Arara-Azul. Criado pela bióloga Neiva Guedes para salvar
a espécie de extinção, o projeto teve o apoio do WWF-Brasil durante 10 anos
(1998/2008).
O trabalho dos pesquisadores envolve:
- monitoramento,
recuperação e manejo dos ninhos naturais e artificiais
- instalação de ninhos artificiais
- observação do período de
reprodução das aves e seus resultados
- acompanhamento dos
filhotes, com pesagem e coleta de sangue para exames laboratoriais e
identificação genética
- ações de educação
ambiental, com palestras nas escolas da região
- atividades com as
crianças e visitantes à sede do Projeto Arara-Azul
Os pesquisadores do Instituto Arara-Azul instalaram 182 ninhos
artificiais e monitora um total de 367 ninhos cadastrados em 54 fazendas,
localizadas no Pantanal de Aquidauana, de Miranda, de Rio Negro, do Abobral, da
Nhecolandia e do Nabileque.
O resultado é que desde 1999, o número de araras-azuis subiu de 1.500
para 5.000 no Pantanal.
http://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/especiais/biodiversidade/especie_do_mes/novembro_arara_azul.cfm
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